Instrumentos físicos ou simbólicos sempre são produtos culturais que possuem uma história que requer uma transmissão social. Práticas mediadas que por sua vez convertem em atividades humanas de maior amplitude. A cultura da Paz deve ser introduzida em nosso cotidiano. Faz-se necessário, antes de mais nada, humanizarmo-nos para poder humanizar o outro, ou seja, que ao passarmos o conceito ele esteja vivo dentro de nós.
Observamos no decorrer dos tempos várias iniciativas de promover a Paz, tais iniciativas parecem pequenas diante de um paradigma de guerra enraizado em nossa história humana. No entanto, a constância nas atitudes e iniciativas fará a diferença futura.
A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele, pois tal mundo deve ser preparado pensando em como nossas crianças irão chegar ao seu destino. É através da educação que decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo, abandonando-as a mercê de uma política econômica cruel e uma sociedade desumana. Devemos humanizar nossas crianças oferecendo educação de qualidade, dando-lhes condições de sobrevivência, sabendo lutar pelos seus direitos e respeitando a vida como um todo.
A responsabilidade do homem está em fornecer condições de sobrevivência para as próximas gerações. A base desta responsabilidade é saber conduzir as crianças de forma adequada nas questões físicas, sociais, emocionais e culturais.
Um elemento mediador na relação com o meio não só facilita a ação, transforma a estrutura das funções mentais, usa o elemento mediador integrando-o na estrutura de sua ação.
Um elemento mediador na relação com o meio não só facilita a ação, transforma a estrutura das funções mentais, usa o elemento mediador integrando-o na estrutura de sua ação.
Quando espera uma criança, a mãe se prepara para recebê-la. Após o nascimento, sua comunicação inicial é através do olhar. Olhar tão significante que dará ao recém-nascido o conhecimento da primeira linguagem humana. Com o tempo a criança irá experimentar o mundo de diversas formas, criando estruturas cognitivas. No período sensório motor experimenta os movimentos, no pré-operatório utiliza os objetos e, por fim, o hipotético dedutivo onde argumenta e cria hipóteses. Reflete no espelho, conhece seu eu imaginário e vê-se refletido no eu do outro. Passa por várias transformações até ter a consciência do seu corpo, libertando-se e reconhecendo o pai como frustração do seu desejo. O ser humano cresce, desenvolve-se e chega ao período escolar, fator este que gera, por vezes, ansiedade profunda. Vê-se diante de uma série de obstáculos. Assimila e acomoda.
Quando conseguimos criar em nossas escolas uma cultura de convivência diferenciada, aproximamos a comunidade da escola e transformamos nosso fazer em motivo de orgulho e satisfação. No entanto, é necessário abrir espaços, dando ao grupo oportunidade de vivenciar os valores de identidade, liberdade, responsabilidade, respeito ao bem comum, eqüidade, justiça, solidariedade, compromisso e coerência. Todo o processo de aprimoramento deve ser compreendido e observado que não será de forma abrupta e sim paulatinamente. Desta forma conceitos como liberdade deve ser entendido como direito de escolha, mas com o conhecimento de suas conseqüências, levando a responsabilidade sobre as mesmas.
A educação e a saúde devem ser prioridades num país. É pensando no futuro das novas gerações que o país se faz forte e soberano. Deixar que nossas crianças aprendam a fazer a leitura do mundo, faz parte de uma boa educação. Educação esta que deve ser trabalhada desde o início da vida, preparando-as com antecedência para a tarefa de renovar o mundo comum.
A Paz se aprende e somente surgirá se a humanidade concordar em vivê-la. Para tanto, faz-se necessário abolirmos paradigmas como preconceitos e estereótipos.
É necessário que aprendamos que os conflitos existem, pois fazem parte da vida e devem ser administrados e resolvidos com sabedoria.
Concluindo, renovar o mundo comum se faz dando às gerações futuras a oportunidade de exercer sua cidadania de forma plena e digna, respeitando o outro e o mundo em que vive.
Este projeto foi desenvolvido com o objetivo de:
- Adotar atitudes de respeito pelas diferenças entre as pessoas, respeito esse necessário ao convívio numa sociedade democrática e pluralista.
- Compreender a vida escolar como participação no espaço público, utilizando e ampliando os conhecimentos adquiridos na construção de uma sociedade democrática e solidária.
- Valorizar e empregar o diálogo como forma de esclarecer conflitos e tomar decisões coletivas.
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