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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Reunião de Professores - Refletir sobre a inclusão dos alunos com NEE


Este vídeo foi pensado para integrar a reunião com os educadores. A pauta continha como pontos principais a inclusão do aluno com necessidades especiais e as características e formas de abordagens educacionais que poderiam ser utilizadas com os educandos da unidade escolar. Pensou-se com o vídeo estabelecer um diálogo reflexivo através da leitura das imagens. Após verem o vídeo foi feita uma relação entre a música e as imagens. Escolheram e comentaram algumas cenas que mais impactaram o grupo. Ao final da leitura e reflexão houve uma comoção e entre as falas deixo a que mais impactou.
__ “O homem vive em turbulência e esquece que perto há imagens e fatos que devem ser observados, pois, somos feitos da mesma matéria. Sendo semelhantes, os animais selvagens se protegem, porém nós, seres racionais, nos esquecemos de olhar os nossos semelhantes. Há imagens que passam a ser comuns, pois, vemos todos os dias. E as nossas preocupações, que, às vezes, não são tão sérias, passam a frente de realidades cruéis às quais presenciamos sem nos comover e tomar alguma providência. Mas preocupo-me com meus alunos e sei que o grupo pode fortalecer o conhecimento e, por pensar desta forma, estimulo nas minhas aulas o fortalecimento do grupo e a formação para o futuro”


vídeo criado por Joana Montes
(imagens retiradas do google)

No final assistiram o vídeo da música Wind of chenge (Vento de Mudança) da banda Scorpions, trabalhando coletivamente com a Orquestra Sinfônica de Berlim. Uma combinação entre o clássico e o contemporâneo. Evidencia-se que com a união das diferenças pode-se harmonizar e surgir grandes obras.

Joana Montes



sábado, 20 de julho de 2013

Prêmio do Encontro Internacional de Educação 2012- 2013


Como seria uma proposta pedagógica do século XXI que contemple uma formação integral e inclusiva e o potencial educativo das TIC?


O ato de educar é um ato ético de abrir caminhos. No entanto, para que haja formação, tem-se que pensar o mundo, ou seja, formar ideias concebidas a partir das vivências. A escola é um espaço fértil, de afeto, de competências, de ideologias, de conhecer e de aprofundar, cada um com suas identidades e saberes. Isso requer capacitar o educando a resolver problemas e a participar da vida pública e política, ponderando e participando ativamente na busca por condições que garantam uma vida digna. Caracteriza-se, nesse olhar, a relevância da educação e da releitura das propostas didático pedagógicas no desenvolvimento do indivíduo. Apoiada nestes avanços, a escola tende a mudar o seu perfil e criar, deste modo, novas formas de conduzir o conhecimento.
A estratégia necessária para a formação do sujeito faz-se com a reflexão e o pensar. Considera-se a dinâmica de ampliar as condições físicas, psíquicas, cognitivas e culturais pautadas na participação ativa por parte dos envolvidos com a qualidade da educação. Vê-se a possibilidade de criar, através do processo de ensino aprendizagem, uma sociedade mais humana e sensível. Isso requer mudança na concepção de educar, cujo objetivo passa a refletir o pensamento coletivo. O saber, inerente ao ser humano, interage e relaciona-se com diversas realidades. A cultura interfere, soma-se e agrega-se ao sujeito, estimulando-o a produzir “novas/outras” formas de perceber o mundo. O sujeito produz e contextualiza manifestações corporais e intelectuais ao interagir com o meio. A percepção de mundo que se fazia distante aproxima-se, e os jovens adquirem, nas TIC, conhecimentos e ao, mesmo tempo, interagem e encontram diversão. Nessa ótica, a escola, hoje, tende a ser mais criativa, a não valorizar apenas a produção do diálogo, mas a conviver com as diversas leituras que se apresentam no contemporâneo, vistas nas tecnologias emergentes. Criatividade, imaginação e autonomia são fatores significativos na recolocação do indivíduo num tempo de mudanças velozes. Da interação entre os sujeitos e o pensar sobre o mundo, o homem observa e descreve caminhos ao encontro do sujeito social, e a escola se resume em um ambiente de ensino aprendizagem e de relações sociais. Considera-se relevante acompanhar a complexidade da atualidade e somá-la às Tecnologias de Comunicação e Informação que estão cada vez mais contidas no cotidiano. Trata-se de um desafio para o educador saber utilizar tais mecanismos, cujo papel é de extrema importância para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, capacitando o indivíduo a interagir no mundo globalizado. Visualiza-se um educador que busca reaprender e pensar a prática educativa, reagindo às dificuldades que lhe são apresentadas no cotidiano, contribuindo, desse modo, para a reflexão sobre a formação de uma sociedade que acolha a diversidade do mundo e que seja participativa, dentro de um espaço em que o indivíduo possa conviver com o outro de forma coerente. Portanto, a tendência está em reaprender a pensar e criar uma nova forma de ler o mundo e suas especificidades, em um saber que organiza e propõe um encontro entre o teórico e o prático, o filosófico e o científico. Portanto, requer-se formar procedimentos que unam homem e ciência na educação contemporânea, através de uma proposta atual que faça vivenciar a produção do conhecimento. Concomitantemente, as tecnologias de informação e comunicação, a trans/interdisciplinaridade e a complexidade tomam o espaço ocupado pela fragmentação disciplinar, pois se entende que no presente o sujeito tende a preparar-se para o mundo globalizado, para subsistir/sobreviver. Isso é, conserva-se com energia para enfrentar as demandas do futuro incerto e fragmentado.

 







Agradeço o premio recebido à Fundação Telefônica, ao Instituto Paramitas, às instituições envolvidas no evento e a todos os organizadores do Encontro Internacional de Educação 2012 - 2013. Estiveram no encontro de encerramento do tema 9 "Visão e tendências educativas do futuro", David Albury da Fundação Telefônica, Maria Elena Malachias (USP) , Eduardo Chaves, consultor na área de educação e coordenador da cátedra da UNESCO em Educação e Desenvolvimento no Instituto Ayrton Senna e André Gravatá, jornalista e integrante do grupo Educ-ação.




http://institutoparamitas.org.br/evento-presencial-em-sao-paulo-encerra-o-tema-9-do-eie/

sábado, 13 de abril de 2013

Vestígios da Educação Contemporânea


     O século XXI iniciou-se marcado por vários conflitos que interferiram e interferem, consideravelmente, nas decisões econômicas, socioculturais e políticas. Da mesma forma, o fenômeno da globalização, causado pela influência comunicacional e tecnológica, torna espaço e tempo cada vez mais reduzidos e, como conseqüência, o ser humano fica fragilizado neste ambiente de complexidade e incertezas futuras.
As mudanças são rápidas, tanto na economia, na política como na vida das pessoas. O capitalismo toma conta da sociedade. A ideia de consumo faz-se presente no cotidiano e o sujeito parece passar a valer menos que os produtos (COSTA, 2004).
No conceito de destotalização, Gumbrecht (1998, p. 144) elenca que o campo da não-hermenêutica[1] contribui para se observar o mundo não mais centrado na figura do sujeito, mas de acordo com a emergência do sentido, pois o futuro é incerto. Tal conceito se inscreve e descreve um esteticismo que diz respeito às grandes abstrações. A interação com o processo pauta-se de diferentes formas: desde o sentimento de si para com o outro até as diversas técnicas que avançam desordenadamente, tornando-se, por vezes, difícil de acompanhar o sistema.
O mesmo autor, em seu conceito de destemporalização dominante, define que ao mesmo tempo em que o futuro, no contemporâneo, está aberto à seleção de opções, encontra-se também bloqueado, pois é impossível prevê-lo. Observa-se que o presente domina a cena. Tempo e espaço confundem-se. O que antes era impossível, agora não possui mais bloqueios, fato que se observa pela velocidade das informações obtidas mundialmente a partir da internet, sobretudo a internet com banda larga (GARCIA, 2008, p.137).
Já no seu conceito sobre a desreferencialização, o autor cita a experiência do trabalho humano, que traz a sensação de enfraquecimento do contato com o mundo externo. O sujeito move-se num espaço pleno de representações que já não contam com a referência segura de um mundo externo.
O contemporâneo torna-se cada vez mais multidimensional, isto é, abrange múltiplos aspectos. Como já visto, presente e futuro se confundem e as distâncias não apresentam mais obstáculo para a transmissão de saberes. De acordo com Homi Bhabha, “espaço e tempo se cruzam para produzir figuras complexas de diferenças e identidades, de passado e presente, interior e exterior, inclusão e exclusão” (BHABHA, 2005, p. 19).
Nessa produção, as identidades se misturam e formam novas identidades, de certo modo até mesmo mais elaboradas e aceitas na atualidade, em um diálogo reflexivo sobre a diversidade.
Para Hall (2006, p. 7), ”velhas identidades, costumes e tradições que durante muito tempo estabilizaram o mundo social estão declinando, ao formar novas identidades”. Segundo o autor esse fenômeno recebe o nome de crise de identidade, pois, abala a estabilidade e fragmenta-as tornando-as vulneráveis. Percebe-se que o processo de identificação no qual o sujeito se projeta tornou-se variável e problemático. A mudança estrutural da sociedade contemporânea transforma o cenário físico e psíquico, movimento que faz pensar na mudança do indivíduo enquanto sujeito.
Busca-se, no mundo, o resgate da identidade ao reformular o pensar sobre a diversidade. Neste cenário conflitante, surge a educação como fator determinante que pode modificar pensamentos e atitudes. Tal pensar implica preparar o sujeito para rápidas mudanças da atualidade.
  A ideia está em evidenciar as diferenças culturais, constituindo estratégias de criação de traços identitários (HALL, 2006), para, deste modo, prever valores vindos da noção de sociedade. Torna-se emergente a reflexão dos domínios das diferenças, pois, mesmo dentro das comunidades cujas histórias se comunicam, valores dialogam de forma conflituosa e excludente. Constata-se tais questões na história de diferentes culturas e raças, na violência e vitimização social que ora se observa no mundo atual.
Para Bhabha (2005), a articulação social da diferença vista pela ótica da minoria se faz complexa em um momento de transformação histórica na atualidade. Ainda segundo o autor, as fronteiras culturais podem possibilitar o consenso ou o conflito, confundir ou definir posições. Visto dessa forma, refletir diversidade cultural não se restringe, apenas, ao reconhecimento do outro, e sim pensar no eu e no outro. Trata-se der uma leitura política, porque discute a relação entre indivíduos e a formação de identidades.
Ao falar sobre diferenças sociais, econômicas, físicas, culturais, raciais e ideológicas, tematiza-se a cidadania e fortalece a identidade. Dialogar com diferentes realidades remete pensar em abordar e desenvolver ações que venham suprimir preconceitos e discriminações advindos de diversos pontos da sociedade.


[1]  Segundo Gumbrecht (1998, p. 144) o campo da não-hemenêutica caracteriza-se para além da convergência do ato interpretativo capaz de associar pontos de vista distintos.

quinta-feira, 28 de março de 2013

PROJETO – DIALOGANDO COM AS ESTAGIÁRIAS(OS)


A Importância do Estágio


“(...) a prática deve estar vinculada a todos os conteúdos,
é na prática que se consolida o saber”  Philippe Perrenoud


O período de estágio é fundamental porque é através dele que o estudante tem a oportunidade de aprender sobre a rotina de sua futura profissão, utilizar os conhecimentos acadêmicos adquiridos em sala de aula, conhecer as reais necessidades do mercado de trabalho, perceber as oportunidades, os possíveis campos de atuação e dar os primeiros passos para o seu desenvolvimento profissional.
 

Obrigada por mais um ano
Estagiárias e estagiários da EMEF "Ildete" - 2013

quarta-feira, 20 de março de 2013

Pós em Educação Especial - Alunos Taubaté

comunicação alternativa

OBJETIVOS
Aprofundar os conhecimentos sobre as concepções da Educação Inclusiva, do Atendimento Educacional e Especializado (AEE). Conhecer a teoria e a prática da tecnologia na construção de recursos pedagógicos acessíveis e de comunicação alternativa.


 







OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Assimilar o conceito de Tecnologia alternativa;
Planejar o uso de recursos pedagógicos acessíveis para alunos com deficiência, de modo a considerar os objetivos e aplicações das atividades;
Analisar as aplicações e a construção de materiais pedagógicos com design inclusivo;
Construir recursos pedagógicos acessíveis com papelão, tampinhas, velcro, elástico e material impresso.









sábado, 23 de fevereiro de 2013

Cidadão Surdo




A língua de sinais – Libras  (Língua brasileira de sinais) expressa ideias simples e abstratas. Através dela pode-se discutir política, filosofia, fazer histórias e poesias e comunicar-se com o outro. As palavras (léxico) utilizadas na língua oral auditiva são denominadas “sinais” em Libras, que combinam o movimento das mãos em um determinado lugar do corpo ou do espaço. A Libras (Língua brasileira de sinais) possui uma corrente de significados que unem surdos e ouvintes e por ela vê-se a possibilidade / desejo de criar-se um elo que acolha as diferenças sem hierarquias ou imposições para, desta forma, ultrapassar as fronteiras, sem retornar ao passado, seguindo ao encontro do futuro da globalidade. Em outras palavras, torna-se indispensável formar a ideia de uma sociedade inclusiva, que acolha e respeite as diferenças individuais. 
A notação léxica em Libras possui características básicas que traduzem experiências acumuladas da sociedade surda. Trata-se de um patrimônio cultural de uma comunidade que através da história passou por constantes evoluções. O léxico é um inventário aberto de palavras que por sua vez forma um vocabulário para efetivação do processo comunicativo. Entende-se desta forma que o vocabulário se faz da seleção e emprego pessoal do léxico (acervo de palavras). Isto implica que quanto maior o conhecimento do vocabulário haverá mais possibilidades de comunicação. 
Em Libras as palavras resultam de uma combinação de signos, gestos e expressões que acopladas a movimentos de mãos no espaço formam a linguagem. Na Língua Portuguesa número, gênero e pessoa fazem parte da estrutura interna das palavras. Portanto, a Libras é formada por uma modalidade gestual, visual e espacial indicada pela configuração das mãos, região de contato ou ponto de articulação, movimento, orientação e expressão facial e / ou corporal. A ambiguidade léxica ocorre quando um determinado sinal apresenta significados alternativos. Neste, o sentido da palavra irá se configurar de acordo com o contexto do evento.  Em Libras a notação de nomes com mais de uma palavra se dá com movimentos com ou sem trajetória. Por exemplo, LEITE – consiste em mover a mão por duas vezes a alguns centímetros à frente do peito e ao longo do movimento. Configura-se a mão passando de C para S. Já a palavra igreja é representada por dois sinais: o sinal de casa mais cruz. Na representação de nomes próprios utiliza-se a datilologia ou soletração digital. Portanto, para representar LUCIANA, RICARDO e ISABELA apresenta-se a configuração de mão das letras do alfabeto.
L + U + C + I + A + N +  A
R + I + C + A + R + D + O
I + S + A + B + E + L + A
A datilologia (alfabeto manual) é utilizada para expressar o nome das pessoas, localidades ou palavras que não possuem sinais. Não há indicação de classe, gênero e número em Libras, como na representação da Língua Portuguesa. Porém, para indicar estas marcas em Libras utiliza-se o símbolo @, com o intuito de reforçar a ideia de ausência e não gerar confusão. Exemplo: AMIG@ (amigo / amiga); FRI@ (frio / fria).

A língua é um marco de uma identidade e se faz forte com o tempo. Para Maturama (1995), 

O caminho da liberdade é a criação de circunstâncias que libertam o ser social, seus profundos impulsos de solidariedade para com o ser humano. Se pudéssemos recuperar para a sociedade humana a natural confiança das crianças nos adultos, isso seria a maior conquista da inteligência, operando no amor jamais imaginado".

Vê-se que é no comunicar que se constrói o ser social. Não se pode falar de surdez sem falar em linguagem. Para entender as questões de linguagem é necessário entender que se trata da expressão do pensamento e uma forma de interação. No entanto, ela se dá entre o eu e o outro e vai muito além da interação. Segundo Bakitin, sujeito se faz sujeito pela linguagem e através dela constrói seu conhecimento. É pela interação que há a construção do conhecimento. Para Bakitin não existe construção de conhecimento fora da linguagem. A criança aprende ouvindo e o surdo aprende interagindo.
Nos primórdios, mais precisamente na Idade Média, a concepção que os homens tinham dos surdos era de pessoas não pensantes, pois naquela época entendiam que para pensar era necessário que se utilizasse a fala. Para eles, então, os surdos eram conceituados como pessoas primitivas e os gestos não tinham significado de língua. Como qualquer outro deficiente, o surdo era considerado pessoa marginalizada (que vivia à margem), tido como anormal. Muitos, na Grécia antiga, foram jogados de penhascos. Os surdos viviam no isolamento, sem direitos. Inicialmente, eram considerados pessoas não educáveis.


A educação dos surdos iniciou-se na Europa ao utilizar símbolos escritos com desenhos e mímicas e em 1555, na Espanha, passaram a utilizar a língua de sinais como elo de comunicação entre surdos e ouvintes. Na França, o Abade Michel de L’Epée criou o Instituto Nacional dos Surdos para ensinar a leitura e a escrita e transmitir a cultura. Naquela época já havia em seus apontamentos observações sobre a linguagem gestual. No entanto, o método de aprendizagem para os surdos continuava com a orientação oralista para ensinar os surdos. Após o Congresso de Milão, evento que ficou conhecido como preconceituoso e repressivo, a França passou a proibir qualquer outra abordagem que não fosse a oral para ensinar os surdos.
Ainda hoje, a grande preocupação dos educadores quando recebe um aluno surdo é como fazer com que ele se aproprie da leitura e da escrita. O grande obstáculo é a não formação do educador para atender este aluno, pois a grande maioria dos educadores acredita que o surdo deva ser capaz de ler e escrever textos em Língua Portuguesa.
O surdo consegue decodificar os símbolos e aprender com facilidade, porém a Língua Portuguesa para ele seria a sua segunda língua, ao passo que para os ouvintes seria a primeira. Visto desta forma, precisa-se alfabetizar o surdo em Libras e concomitantemente oferecer a Língua Portuguesa para que possa se comunicar com o grupo social e vice-versa, pois o grupo tende a se apropriar da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Pensa-se ser esta a melhor forma de integrar o surdo ao grupo.
A declaração mundial sobre educação para todos determina que seja oportunizado a todos o acesso a leitura, a escrita, a expressão oral, o cálculo e a resolução de problemas. Isso significa que os conhecimentos básicos da educação devam ser oferecidos e oportunizados de forma a ampliar as habilidades, os valores e as atitudes necessárias para a convivência humana.
A integração de ações de políticas governamentais com a sociedade e a escola podem vir a suprir as necessidades locais, culturais, educacionais e gerar projetos para diminuir as desigualdades, através da educação. Isso, entretanto, requer integrar novos conhecimentos na busca de ações que revertam o quadro de exclusão observado no contemporâneo.
O contemporâneo exige que o homem aprenda a ler o mundo em contato com o outro. Pensando na utilização da Libras nas salas de aula, percebe-se que tal elemento pode ser decodificado e transformado em “novos” conhecimentos. Neste pensar, ouvintes e surdos podem estabelecer vínculos culturais que favorecerão a ambos. Nesta perspectiva, percebe-se que o sujeito tem que adquirir a habilidade de ver, ouvir e falar sobre as imagens experimentadas ao longo de sua história, de modo a atender à complexidade da diversidade do mundo globalizado.
Vê-se a possibilidade de criar, através do processo de ensino-aprendizagem, uma sociedade mais humana e sensível. A sensibilidade pode ser definida como a capacidade de experimentar as imagens que o mundo oferece e a imaginação/intuição vem da possibilidade de transformar as cenas percebidas no mundo em outras leituras. Dessa maneira, a sociedade e a escola abrem-se à reflexão e ao diálogo ampliado. Ambas traduzem oportunidades na elaboração de valores sustentados na valorização dos direitos humanos e dos bens naturais.