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sábado, 20 de julho de 2013

Prêmio do Encontro Internacional de Educação 2012- 2013


Como seria uma proposta pedagógica do século XXI que contemple uma formação integral e inclusiva e o potencial educativo das TIC?


O ato de educar é um ato ético de abrir caminhos. No entanto, para que haja formação, tem-se que pensar o mundo, ou seja, formar ideias concebidas a partir das vivências. A escola é um espaço fértil, de afeto, de competências, de ideologias, de conhecer e de aprofundar, cada um com suas identidades e saberes. Isso requer capacitar o educando a resolver problemas e a participar da vida pública e política, ponderando e participando ativamente na busca por condições que garantam uma vida digna. Caracteriza-se, nesse olhar, a relevância da educação e da releitura das propostas didático pedagógicas no desenvolvimento do indivíduo. Apoiada nestes avanços, a escola tende a mudar o seu perfil e criar, deste modo, novas formas de conduzir o conhecimento.
A estratégia necessária para a formação do sujeito faz-se com a reflexão e o pensar. Considera-se a dinâmica de ampliar as condições físicas, psíquicas, cognitivas e culturais pautadas na participação ativa por parte dos envolvidos com a qualidade da educação. Vê-se a possibilidade de criar, através do processo de ensino aprendizagem, uma sociedade mais humana e sensível. Isso requer mudança na concepção de educar, cujo objetivo passa a refletir o pensamento coletivo. O saber, inerente ao ser humano, interage e relaciona-se com diversas realidades. A cultura interfere, soma-se e agrega-se ao sujeito, estimulando-o a produzir “novas/outras” formas de perceber o mundo. O sujeito produz e contextualiza manifestações corporais e intelectuais ao interagir com o meio. A percepção de mundo que se fazia distante aproxima-se, e os jovens adquirem, nas TIC, conhecimentos e ao, mesmo tempo, interagem e encontram diversão. Nessa ótica, a escola, hoje, tende a ser mais criativa, a não valorizar apenas a produção do diálogo, mas a conviver com as diversas leituras que se apresentam no contemporâneo, vistas nas tecnologias emergentes. Criatividade, imaginação e autonomia são fatores significativos na recolocação do indivíduo num tempo de mudanças velozes. Da interação entre os sujeitos e o pensar sobre o mundo, o homem observa e descreve caminhos ao encontro do sujeito social, e a escola se resume em um ambiente de ensino aprendizagem e de relações sociais. Considera-se relevante acompanhar a complexidade da atualidade e somá-la às Tecnologias de Comunicação e Informação que estão cada vez mais contidas no cotidiano. Trata-se de um desafio para o educador saber utilizar tais mecanismos, cujo papel é de extrema importância para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, capacitando o indivíduo a interagir no mundo globalizado. Visualiza-se um educador que busca reaprender e pensar a prática educativa, reagindo às dificuldades que lhe são apresentadas no cotidiano, contribuindo, desse modo, para a reflexão sobre a formação de uma sociedade que acolha a diversidade do mundo e que seja participativa, dentro de um espaço em que o indivíduo possa conviver com o outro de forma coerente. Portanto, a tendência está em reaprender a pensar e criar uma nova forma de ler o mundo e suas especificidades, em um saber que organiza e propõe um encontro entre o teórico e o prático, o filosófico e o científico. Portanto, requer-se formar procedimentos que unam homem e ciência na educação contemporânea, através de uma proposta atual que faça vivenciar a produção do conhecimento. Concomitantemente, as tecnologias de informação e comunicação, a trans/interdisciplinaridade e a complexidade tomam o espaço ocupado pela fragmentação disciplinar, pois se entende que no presente o sujeito tende a preparar-se para o mundo globalizado, para subsistir/sobreviver. Isso é, conserva-se com energia para enfrentar as demandas do futuro incerto e fragmentado.

 







Agradeço o premio recebido à Fundação Telefônica, ao Instituto Paramitas, às instituições envolvidas no evento e a todos os organizadores do Encontro Internacional de Educação 2012 - 2013. Estiveram no encontro de encerramento do tema 9 "Visão e tendências educativas do futuro", David Albury da Fundação Telefônica, Maria Elena Malachias (USP) , Eduardo Chaves, consultor na área de educação e coordenador da cátedra da UNESCO em Educação e Desenvolvimento no Instituto Ayrton Senna e André Gravatá, jornalista e integrante do grupo Educ-ação.




http://institutoparamitas.org.br/evento-presencial-em-sao-paulo-encerra-o-tema-9-do-eie/