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segunda-feira, 9 de maio de 2011

DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO

Inúmeros alunos frequentam o nível regular de ensino e, dentro deste universo maravilhoso do desenvolvimento humano, percebemos que alguns possuem dificuldades para se relacionar  e responder de forma adequada às exigências do contemporâneo. Dentro deste universo de diversidades humanas, sentimo-nos, por vezes, despreparados diante dos problemas que são apresentados cotidianamente no espaço educacional, cujo atendimento aos educandos requer mais atenção. Surge o questionamento de como intervir de forma adequada para que os alunos com dificuldades da aprendizagem se apropriem  do conhecimento oferecido nas escolas.  
As dificuldades de aprendizagem, no âmbito escolar, são causadas por um conjunto de fatores.  As cobranças, a linguagem e o modo de explicar o conteúdo pode ser uma das causas responsáveis pelas dificuldades. A origem pode estar na má condução do processo de ensino aprendizagem.  WEISS (2004) considera que o fracasso escolar é uma resposta insuficiente do aluno a uma exigência ou demanda da escola. Tal afirmativa pode ser analisada e estudada por diferentes perspectivas, ou seja, na visão da sociedade, da escola e do aluno.
O problema que o aluno encontra para aprender pode ter  como causas: a má condução do ensino, a dosagem da quantidade de informações transmitidas, a cobrança, por vezes, excessiva por parte dos pais e educadores, ou as avaliações da aprendizagem, que mal conduzidas são geradoras de ansiedade insuportável para o aprendiz, chegando à desorganização de sua conduta. O fator social, também, influi no desenvolvimento da aprendizagem, assim como: os aspectos culturais, econômicos, o histórico familiar e as condições internas do indivíduo que são significantes nos índices de fracasso escolar.
Quando detectado o problema, ao observar que o aluno não está respondendo de forma adequada à aprendizagem, a escola procura encaminhá-lo para uma avaliação psicopedagógica. O psicopedagogo, inicialmente, terá que entender o que o professor está ensinando para poder compreender o que está dificultando a aprendizagem. Verificar a estrutura social do indivíduo e o histórico familiar, pois,  são fatores que impedem o bom desempenho  e numa abordagem psicopedagógica os dados históricos do sujeito a ser trabalhado é de suma importância.  Interessante, abordar os aspectos orgânicos, cognitivos, emocionais, sociais e pedagógicos e junto com todo o material propor soluções, ou seja, diagnosticar e propor intervenções.
O psicopedagogo tem que saber ouvir, a escuta é um dos fatores mais relevantes, pois se trabalha com emoções. Ter em mente que a  função do psicopedagogo é trabalhar as dificuldades de aprendizagem. Portanto, ao diagnosticar e levantar hipóteses de todos os aspectos do sujeito, o terapeuta tem por finalidade  achar caminhos para que, o educando, tenha acesso ao conhecimento e adquira o gosto pela  aprendizagem.
Ensinar a leitura, a escrita e outros mecanismos de aprendizagem, é um complexo dinâmico de atividades integradas que exigem sistematização. Envolve uma discussão quantitativa e qualitativa de determinados desempenhos, que associados conduzem a uma conclusão. Geralmente, avalia-se o que está exteriorizado, isto é, o que se vê, porém, o terapeuta tem que olhar de forma ampla, sempre questionando os resultados das análises. Nesta perspectiva, o diagnóstico deve ser um processo aberto, disposto a mudanças. Não se pode vê-lo como um processo fechado, pois o objetivo básico é identificar os desvios e  os obstáculos no modelo de aprendizagem que impedem, o sujeito, de aprender.
O terapeuta terá que caracterizar desempenhos, centrar áreas de desenvolvimento, levantar hipóteses, observar evoluções, as áreas em que  possuem dificuldades e as áreas em que se destacam.  A avaliação psicoeducacional vê o sujeito como um todo, nas suas competências e dificuldades.
O diagnóstico psicopedagógico, dará um espelho de como o sujeito é e como aproveitar o seu potencial, indicando caminhos a seguir sempre com o objetivo de dar ao educando oportunidade de pleno desenvolvimento dentro do contexto educacional. Trata-se de um processo contínuo e sistemático que utiliza métodos e técnicas objetivando investigar, interpretar, orientar e prever situações, distúrbios e dificuldades, determinando suas causas para que possam ser devidamente corrigidas ou controladas suas dificuldades. 
A avaliação psicopedagógica, pode ser formal ou informal. A formal é quando se usa testes estandardizados, adequados a um padrão, ou seja, já produzidos. Indica-se, neste caso, que a instrumentação estandardizada (testes prontos) não tenha um caráter rígido. Deve-se, sempre, buscar um instrumental aplicável a todos, mais dinâmico e adaptável a pessoa e situações. 
Já a avaliação informal é feita através da observação com auxílio do lúdico. WEISS, no livro Psicopedagogia Clínica, coloca que no brincar a criança constrói um espaço de experimentação, de transposição entre o mundo interno e o externo. Percebe-se que o lúdico é fundamental no trabalho psicopedagógico.  
Portanto, conclui-se que o diagnóstico é um levantamento das observações que levam a uma hipótese científica. Na prática, une-se o teórico e a percepção holística, ao conhecimento técnico para saber sobre o desenvolvimento normal do sujeito. Para avaliar o terapeuta tem que ter um conhecimento teórico/científico e acima de tudo bom senso nas respostas e nas observações. 

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Um comentário:

  1. Gostei deste trabalho que levanta uma questão importante sobre a causa do fracasso escolar. E a forma como apresenta as intervenções psicopedagogicas, que entende que qualquer fator que interfere nesse processo deve ser investigado. Então Utilizando instrumento aplicável a seu nível de desenvolvimento.

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